sexta-feira, 28 de novembro de 2008


Na dança que dançamos 
deslizas para longe.
Múltiplas vezes largas a mão que te guiaria.
Danças teu tango monossílabo de ventos que faz 
rodopios em teus cabelos. E eu que ensaiei por toda uma vida única valsa,
te admiro.
O par que te assenta melhor é a luz. 
Eu escuro escolho tocar um tambor. 
Que dances mesmo sem vontade! 
Que cantes a saudade que não me conhece!
Não importa. 
Hoje o ritmo que acompanho, eu sinto em teus pulsos. 
É a única dança que me farta em alegria.
Então, que meus dedos tortos fujam em
desaperto dos calçados.
É liberdade o que procuro,
imitando toscamente 
os teus passos bailantes. 
(LEOMETÁFORA)

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