sábado, 18 de abril de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009



Tenho tentado aprender a ser humilde.

A engolir os NÃOS que a vida me enfia

pela goela a baixo.

A lamber o chão dos palácios.

A me sentir desprezado-como-um-cão,

e tudo bem, acordar, escovar os dentes,

tomar um café e continuar.




" Vai passar, tu sabes que vai passar.

Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana,

um mês ou dois,

Quem sabe?

O verão está aí, haverá sol quase

todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada

'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel,

porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo,

te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma

nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase

ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim

como 'estou contente outra vez' "



O amor é tão mais fatal

do que eu havia pensado, o amor é

tão mais inerente quanto a própria carência,

e nós somos garantidos por uma necessidade que se

renovará continuamente.

O amor já está, está sempre.

Falta apenas o golpe da graça -

que se chama paixão.





quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

"O ser torturado e ferido de nosso tempo,
não conhece o seu passado infinito e nem a infinidade de seu futuro porque perdeu a conecção com seu ser atemporal,
é como um homem sofrendo de uma amnésia incurável,
uma enfermidade mental que o priva de sua consciência e
portanto de sua capacidade de agir consistentemente
de acordo com sua natura verdadeira...
Tal ser realmente morre, porque ele se
identifica com sua existência momentânea."
Lama Anagarika Govinda







Um poema
como um gole d'água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida
para sempre na floresta noturna.
Um poemasem outra angústia que a sua
misteriosa condição de poema.
Triste Solitário
Único Ferido de mortal
beleza.
Mário Quintana