
segunda-feira, 20 de julho de 2009




um amor intenso e
tive que ver você
partir e só posso
dizer que desperdicei
aquele instante.
eu me calei,
quando deveria
ter dito
te amo eu me calei,
quando deveria
dizer-te que minha
vida é toda voce
eu te deixei partir,
quando deveria
ter-lhe implorado
que ficasse ter te
falado do meu
amor e do quanto
nada sou sem voce aqui
acariciado seus
cabelos olhado
em seus olhos
para que voce visse
o meu desespero e
o quanto eu
preciso de ti
mas deixei o
momento passar e
agora é muito tarde
momentos não voltam
O tempo não retorna.
a vida continua
Maria Bonfá
08/06/09
08/06/09

quinta-feira, 11 de junho de 2009



"Fico tão cansada às vezes,
e digo para mim mesma que está errado,
que não é assim, que não é este o tempo,
que não é este o lugar, que não é esta a vida.
(...)então eu não sentia nada, podia fazer as
coisas mais audaciosas sem sentir nada,
bastava estar atenta como estes gerânios,
você acha que um gerânio sente alguma coisa?
quero dizer, um gerânio está sempre tão
ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta
certeza de ser um gerânio que não lhe sobra
tempo para nenhuma outra dúvida..."
e digo para mim mesma que está errado,
que não é assim, que não é este o tempo,
que não é este o lugar, que não é esta a vida.
(...)então eu não sentia nada, podia fazer as
coisas mais audaciosas sem sentir nada,
bastava estar atenta como estes gerânios,
você acha que um gerânio sente alguma coisa?
quero dizer, um gerânio está sempre tão
ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta
certeza de ser um gerânio que não lhe sobra
tempo para nenhuma outra dúvida..."
Caio Fernando Abreu



"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio:
quando se conhece o fim, quando se sabe
que doerá muito mais -por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando
uma lembrança qualquer,
lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada
na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa
que depois de muito tempo a gente possa
olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.
Melhor do que não sobrar nada, e que esse
nada seja áspero como um tempo perdido.
Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou
"quase" certa que desistindo naquele momento
vou levar comigo uma coisa bonita.
Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo
vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém
pode não terminar da melhor maneira, que
pode não ser do jeito que eu queria que fosse,
eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros!
Eu prefiro viver com a incerteza de poder
ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor.
Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”

Melhor interromper o processo em meio:
quando se conhece o fim, quando se sabe
que doerá muito mais -por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando
uma lembrança qualquer,
lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada
na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa
que depois de muito tempo a gente possa
olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.
Melhor do que não sobrar nada, e que esse
nada seja áspero como um tempo perdido.
Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou
"quase" certa que desistindo naquele momento
vou levar comigo uma coisa bonita.
Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo
vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém
pode não terminar da melhor maneira, que
pode não ser do jeito que eu queria que fosse,
eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros!
Eu prefiro viver com a incerteza de poder
ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor.
Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”
Caio Fernando Abreu

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